15 de abr. de 2010

A lot of pain



Boa tarde, girls. (me dirijo a vocês como girls porque só tenho duas seguidoras,rs)
Hoje não estou muito bem não, sabe. Vim aqui mesmo só pra desabafar, xingar, chorar, espernear se for preciso. =/ 
Sinto uma dor, não uma dor física, claro que não, está mais para uma dor no fundo do peito, uma dor emocional, que a gente não consegue apalpar, só sentir... Fico me perguntando se um dia conseguirei ser feliz plenamente, se eu serei mais completa quando tiver um filho, se terei paz com um novo imóvel, e etc. Às vezes me sinto ingrata sim, afinal tem muita gente passando fome por ai, sem membros, passando por dificuldades que deixam meus problemas no chinelo, mas não posso evitar isso. É como se eu tivesse um buraco no peito, como se eu tivesse uma ferida permanentemente aberta, vez ou outra consigo esquecê-la, não esquecê-la por completo, pois isso é impossível, mas deixá-la de lado por alguns instantes. 
Sou uma pessoa muito geniosa, e reconheço isso, sou alguém que não esquece nunca, eu consigo perdoar, consigo relevar, consigo até fingir que nada aconteceu dependendo do motivo, ou do acontecimento, mas esquecer, jamais. Sei que isso só faz mal a mim mesma, e quem disse que eu consigo ouvir meus próprios conselhos? Não, não adianta mais tentar essa mudança, é sempre assim, sempre tento esquecer, mas aí um belo dia, estamos em uma conversa descontraída e lá vem um dos assuntos que cutucam um pouquinho da minha ferida sempre aberta. 
Talvez um dia eu mude, talvez não, só Deus sabe. E o que dizer da família? Já escrevi um post homenageando a minha família, e em compensação hoje estou aqui é pra reclamar mesmo, pra lamuriar, pra me sentir (talvez) um pouco mais leve. 
Hoje senti saudades de ser criança, de ser ingênua, de não entender as maldades nas atitudes das pessoas, é muito doloroso você perceber a indiferença em quem você ama, é dificil admitir que você tem ressentimentos de sua mãe ou de seu pai, dificil conviver com a dúvida (quase certeza) de que você nunca foi colocado em primeiro plano por eles, é complicado conviver com pessoas que a gente não gosta, complicado conviver com padrastos e madrastas de variadas formas e personalidades, há quem diga que os filhos têm ciúmes dos pais, obviamente que isso é verdade, mas nem sempre é por causa de ciúmes que uma guerra familiar começa, às vezes é por puro orgulho ou prepotência, até mesmo birra. E você que achava que adulto não fazia birra, né?! Engano seu! Eles fazem, e pior que a gente, é pior porque sabem que não poderemos fazer nada para corrigi-los, que sempre alegarão que são os pais e nós os filhos, que eles que mandam e não os que são mandados, é chato quando você sabe que seu pai só está com determinada mulher, porque você disse à ele que não foi com a cara dela, aff, ai vocês me perguntam: mas você não quer ver seus pais felizes? claaaro que quero, não sou egoista ao ponto de querê-los só pra mim, ou que por milagre se reconciliem, de forma alguma, mas não custa colaborar também né, e arrumar pessoas decentes, pessoas simpaticas, legais, e que aceitem de forma sincera os filhos alheios, não que vamos viver na cola deles, afinal eu e minha irmã já somos casadas, mas enfim, seremos filhos a vida toda, e não são todos os namorados ou namoradas que compreendem isso, gostam de fazer joguinhos como se tivessem a mesma idade, ou como se pudessem ocupar o lugar no coração dos nossos pais que nós já ocupamos, amor de filho não é amor de homem+mulher, que inferno isso, os adultos deveriam realmente se portar como tais, pra que não magoassem tanto seus filhos. 
Sei de uma coisa, sei que serei, ou pelo menos tentarei ser, uma ótima mãe, tentarei ser o mais presente possível na vida de meus filhos, eu os farei felizes. 
E quanto à insensibilidade dos homens, alguém pode me explicar porque são assim? Porque é tão difícil pra eles estenderem a mão quando uma mulher chora ao seu lado? Porque é tão dificil oferecer um ombro ou um abraço apertado? Pior é esperar isso de uma pessoa e não ter. O que mais machuca é desejar desesperadamente um conforto, um colo onde chorar e só encontrar o chão frio do banheiro, o que dói é a indiferença daquele de quem você espera ardorosamente por palavras que te acalmem, que adocem aquele seu momento amargo, e só o que vem é mais uma pitada de sal, mais umas gotas de limão pra que você se sinta cada vez pior. 
Será que você não vê? Será que não percebe que eu cansei de ser a forte? Será que tudo que já passei, por toda a história que você já conhece da minha vida, será que não basta? Será que não pode me ajudar com minhas tristezas? Será que é tão difícil estender a mão? É fácil ser indiferente quando se tem tudo na vida, é fácil quando se tem mimos e atenção de sobra, é fácil quando não é com a gente. 
O mundo dá muitas voltas, e tão rápido que nem percebemos, um dia estamos pisando e no outro sendo pisoteados. É preciso muita cautela para se lidar com pessoas. Há atos e palavras que não serão remediados nunca, que deixarão sua marca para sempre, independente de quantos perdões sejam pedidos ou quantos sinto muito sejam proferidos. Há coisas que não voltam atrás! 

Desculpem pelo desabafo de hoje, foi preciso colocar pra fora, quem sabe outras pessoas leiam e reflitam. Desejo uma caminhada muito feliz à vocês duas que lerão esse post, e para vocês futuros seguidores. Tenham um bom fim de quinta-feira. Fiquem com Deus!


Beijo.

2 Opiniões:

Em busca de mim, como realmente sou. disse...

Oi Ká,
eu sei q esse post é antigo, mas fucei seu blog hj, e achei vc tão sensível, seu texto me comoveu de uma forma diferente...Cheguei a ficar triste. Espero que agora em Outubro já, vc esteja melhor, temha se conhecido melhor (afinal o blog ajuda né?) espero que vc tenha conseguido lidar melhor com as questões que te fazem sofrer tanto. Desejo mtas felicidades...
Obs. Cheguei aqui pq vc me ensinou a postar um link lá meu blog...rs
Ah outra coisa: seu blo é lindo adorei tudo,as músicas , as palavras...Parabéns!

Ká Moraes disse...

Eu, para mim: Oi, flor. Sim, estou melhor, não 100%, pois a ferida continua aberta, mas estou à procura de ajuda para amenizar esses problemas. A luta continua, e não sei até quando vai, mas vou levando. Tomo a rasteira e me levanto, não me deixo ficar ao chão. Obrigada pelas felicidades, desejo o mesmo pra você.
Ah, que bom que deu certo. rs E obrigada pelos elogios, fico feliz que tenha gostado do meu blog. =) BeijãoO!

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